A Secretaria Municipal de Saúde através do departamento de Vigilância em Saúde Ambiental composta pela equipe de endemias sob a coordenação de Ednaldo Florentino de Mello e os Agentes de Combate as Endemias, emparceria com a Vigilância Sanitária Municipal sob a coordenação de Edineudes Marculino, realizaram atividades no dia 06 de julho, atividades esta tais como prevenção à malária no Garimpo Mineração Médson do Brasil (Garimpo do Juruena), as atividades realizadas foram Busca Ativas de laminas (exames de malária na gota espessa), borrifação (bloqueio de casos) e inspeção sanitária.
Explica o Coordenador de Endemias, “que no Brasil, a área de maior endemicidade é a Amazônia Legal, apresentando 99% dos casos, devido a fatores condicionantes e determinantes, ou seja, favoráveis à disseminação da doença, tais como: temperatura, umidade, altitude e vegetação, que tornam o ambiente propício para proliferação do mosquito vetor, além das condições de habitação e trabalho da população local. A presença garimpeira nas regiões é marcante, em Mato Grosso, por exemplo 24,0% da população é garimpeira, e entre outros estados da união. A malária é uma das principais doenças responsáveis pela alta morbidade e mortalidade dos indígenas do Brasil”.
Diante do exposto, o Coordenador de Endemias, relata sobre o Plano de Ação e Controle da Malária no Município de Nova Bandeirantes que se faz relevante e oportuno, pois, avaliar o aspecto organizacional das ações na evolução dos indicadores referentes à malária, no período 2021 a 2022, poderá proporcionar valiosa contribuição ao referido programa, por meio de informações que fornecem dados científicos e que podem servir de subsídios para reformular ou aprimorar suas ações no âmbito do serviço público do município, de modo que tais ações se tornem mais adequadas a uma população em que a malária é responsável pelas maiores taxas de incidência e mortalidade em certos estados da união. Considera-se que a informação é essencial para a vigilância epidemiológica e fornece base para a ação, possibilitando a adequação de recursos e serviços para atender às necessidades de saúde da população.
Ednaldo diz também que o objetivo deste Plano é avaliar a organização das ações de controle da malária, em população garimpeira e demais localidades urbanas/rurais do município de Nova Bandeirantes, Estado de Mato Grosso, no período de 2021 a 2022. No que diz respeito ao controle da malária, em relação às ações do Plano de Ação é a redução do tempo de diagnóstico e tratamento, devendo-se principalmente suprido de insumos o laboratório de diagnóstico, e profissional treinado e capacitado para a realização desta atividade.
O referente plano, levam-se em consideração os efeitos da intervenção não só para os indivíduos que dele se beneficiaram, como também para toda a população à quem ela se destinava (efetividade populacional), considerando-se a pesquisa avaliativa um componente norteador das práticas de saúde pública.
O Plano segue as normatizações, do guia para gestão local do controle da malária, controle vetorial, serie B texto básico de saúde 2 Brasília – DF 2009, Portaria n° 1.172 MS, de 15 de julho de 2008, regulamenta a Norma Operacional Básica – NOB do Sistema Único de Saúde – SUS 01/96 no que se refere às competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal na área de Vigilância em Saúde.
Um breve relato sobre o que é malária;
A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com freqüência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Transmissão:
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (usuários de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.
Tratamento:
Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; gravidade da doença.
Prevenção:
- Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas,uso de repelentes.
- Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.